domingo, 2 de outubro de 2011

Vinho, drogas e rock'n'sangue - part I


- só os pernilongos gostam do meu sangue... - murmurei no silêncio, matando um maldito pernilongo que estava exatamente no meu pescoço. 
Breno virou-se pra mim com um olhar meio tenso, passou a mão no meu pescoço;
 - não diz isso...
- mas é... sangue. Sangue, sangue, repeti, meio fora de mim - nossa, não sabia que isso ia me deixar assim! 
- efeito dela, não disse? depois não me culpe pela sua euforia. 
- você quer meu sangue, não é? - eu me levantei, a droga me agitava cada vez mais - por isso me deu essa ...coisa!
- epa, auto lá! vc me pediu, quis experiemntar, eu disse que daria nisso, droga! - Breno estava realmente bravo, mas não tirava os olhos do meu pescoço.
- eu pedi sim, eu estava sim com essa ideia na cabeça, de você me ... me transformar e tal, mas agora não, eu não sei, Breno... não quero, não quero, só quero... só quero você...
- tá, mas se eu ficar excitado, você sabe, posso perder o controle e...
- sim, eu sei, mas não posso evitar, pq vc não disse que essa porcaria aumentava tanto a libido hein? - eu disse já agarrando e beijando violentamente Breno.
- Não Gi, não! - e eu continuava beijando-o, agarrando seu corpo contra o meu, quase arrancando a camisa dele.
- Pára Gisela!! - ele só me chamava pelo nome quando realmente estava bravo. Parei.
sentei novamente no sofá, enquanto Breno ia á cozinha e resmungava algo pra si mesmo. Voltou com duas taças de vinho, enquanto eu chorava.
- que foi, Gi? Ah por favor, toma isso e deixa esse efeito passar. Vamos lá na boate, você descarrega tudo e...
- Vc sabe como e com quem eu quero descarregar as energias, eu disse, enfatizando as palavras como e quem. Olhamo-nos fixamente por algum tempo e as lágrimas voltaram aos meus olhos:
- Eu te amo! mas eu tenho medo de você também! não sei... simplesmente não sei o que fazer!
- Eu já disse, Gi. Você não tem que fazer nada. Mas se estiver comigo, a sua vida vai ser outra, não posso evitar. Mas eu sempre tive controle sobre minhas vontades, controle suficiente pra...
- Então vc já esteve com outra garota normal, já transou com ela, já conseguiu não...fazer o que vcs fazem?
- Sim, já. Uma vez. Eu amei.
Aquilo foi com uma faca no peito. Então ele não me amava porque comigo não conseguiria?
- Antes que você diga o que está pensando, me deixa falar!
- Falar o quê, você já disse tudo! Eu vou embora, eu preciso mesmo descarregar isso e vai ser com qualquer um lá da boate!!
- Gi, peraí, Gisela!
Eu já estava saindo, mas Breno consegui passar na minha frente e me segurar. Ele é muito ágil. Limpou as lágrimas do meu rosto e me beijou. O beijo seria só um, ou alguns, mas eu estava sob efeito das drogas que peguei com Breno, e avancei pra ele. Breno resistiu como pôde mas logo estávamos na cama, no quarto dele. Ele estava deitado, sem camisa, a calça meio aberta, eu por cima dele nao parava de beijá-lo, até que num dado momento, Breno me parou, me olhando fixo, meio assustado, meio eufórico também. Estávamos ofegantes. 
- Você não quer neh... 
- shh... não fala nada! 
e voltamos a nos beijar loucamente. Me afastei um pouco e levantei da cama. sem tirar os olhos de Breno, fui tirando a roupa devagar, e tirei tudo. Breno parecia cada vez mais sedento e eu sabia que ia acontecer... mas não. Ele me amava também. Nos amamos muito aquela noite. Assim que tirei a roupa, Breno me jogou na cama e eu vi, pela primeira vez, quem ele era, no que se transformava. Me assustei um pouco, mas as carícias que me fazia, os beijos, o sexo, me fizeram esquecer de tudo. Breno era maravilhoso, intenso... gostava de explorar cada parte do meu corpo, ver minhas reações, testar carícias, lingua, beijos, posições... desmaiei de prazer...

continua....

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